O que fazer em Lucerna em 2 dias (de graça)

Mari Neubra

No post de hoje vou compartilhar com você o que fazer em Lucerna em 2 dias de graça. Lucerna é uma das cidades mais caras da Suíça – que, por sua vez, é um dos países mais caros do mundo. 

Então, mostrarei aqui o nosso roteiro de viagem 100% gratuito em Lucerna para você turistar sem fazer um rombo nas finanças.

O que fazer em Lucerna em 1 dia de graça

Ponte Spreuerbrücke

Para começar, visitamos a Ponte Spreuerbrücke, que data do século XV e é um dos principais pontos turísticos de Lucerna. Construída em 1408, a ponte foi reconstruída no século seguinte depois de uma tempestade que a destruiu parcialmente – mas a tinhosa está aí de pé!

Muralha Museggmauer

Originalmente construída com 30 torres, hoje a Muralha Museggmauer tem preservadas nove desse total. Além disso, uma dessas torres abriga o relógio mais antigo de Lucerna, que inclusive está um minuto adiantado em comparação aos demais relógios da cidade.

Construída no século XIII para proteger a cidade de ataques inimigos, a estrutura é hoje a muralha preservada mais longa da Suíça. Além disso, as torres atuam como habitat para diversas espécies de plantas e animais. Não vimos nenhum exemplar da fauna local, mas se tá no Google é porque é verdade.

Zytturm

Não deixe de ver o relógio mais antigo de Lucerna e que está sempre adiantado. Isso é bastante irônico, já que a Suíça é conhecida mundialmente pelos seus relógios e pontualidade (além dos seus canivetes e bancos com contas milionárias, claro).

Löwendenkmal

Outra opção para fazer em Lucerna de graça, é visitar o Löwendenkmal, uma escultura em pedra de um leão que homenageia os mercenários suíços massacrados na Revolução Francesa.

Durante cerca de 300 anos, do século XV ao XVIII, a Suíça enviou cerca de 500 mil mercenários para servir ao reino francês e desses, 60% nunca voltaram. Hoje, o leão é uma das atrações turísticas mais populares da Suíça.

O que a escultura representa?

Visualmente, a escultura traz um leão e-xaus-to representando a guerra, uma lança cravada em suas costas e uma flor-de-lis, símbolo da França. Além disso, o Löwendenkmal traz o nome de 16 oficiais que atuaram nessa guerra. 

Entre uma atração e outra, aproveitamos para tomar um cappuccino com croissant que nos custou 3,65 francos e 0,95 francos, respectivamente.* O cappuccino compramos em um café local e o croissant no mercado. 

*Valores referentes a março de 2022

Cais em frente ao Monte Pilatus

Outro programa imperdível é parar por alguns momentos à beira do Lago dos Quatro Cantões e apreciar a vista com a cordilheira e o Monte Pilatus. Entretanto, para subir até o topo, existem as opções de teleférico e trem, que custam algumas dezenas de francos.

Para provar que a dona Suíça pode ser acessível sim, terminamos o dia fazendo um jantar no nosso flat bem no centro de Lucerna. Passamos no mercado, compramos um vinho por 3,50 francos e uma massa que saiu a 5 francos. Fizemos uma massa deliciosa que nos restaurantes não custaria menos de 30 francos.

Hospedagem barata em Lucerna

Já sobre o lugar que escolhemos para passar a noite — um apart-hotel em Old Town — pagamos 85 euros a diária, em um studio compacto, porém com todas as comodidades necessárias, pia, fogão e geladeira. 

Confira os valores da diária e faça a sua reserva no HITrental Old Town Apartments aqui. Se preferir um hotel no centro de Lucerna com todo conforto e ostentação, vale a pena conferir o Hotel Des Alpes.

O que fazer em Lucerna em 2 dias de graça

Começando o nosso segundo dia em Lucerna, fizemos o checkout e guardamos as malas na estação de trem.

Você encontra os guarda-volumes na Estação de Trem de Lucerna, entre as plataformas 14 e 15. Há tamanhos variados e um caixa de pagamento automatizado, que libera um comprovante para retirar sua mala depois.

Foi a opção mais prática, já que de lá pegamos o trem para Thun para continuar o nosso roteiro pela Suíça.

Pronto, agora que você já tem essa informação valiosa, podemos continuar com a nossa lista com o que fazer em Lucerna em 2 dias:

Chapel Bridge

Ela é o cartão-postal de Lucerna, construída no século XIV. Hoje, a estrutura é a ponte de madeira mais antiga da Europa. A princípio, a ponte abrigava originalmente 158 pinturas, mas hoje restam apenas 62, em consequência de um incêndio ocorrido em 1993. 

Old Town

Outro ponto de visitação gratuita em Lucerna é Old Town, o centro antigo da cidade que abriga casas com arquitetura tradicional, lojas e fontes antigas — ao todo, são mais de 300 em toda a cidade. 

Nada de comprar água em Lucerna, só recarregar sua garrafa em uma das 300 fontes.

Hofkirche St. Leodegar

Essa igreja, que pode ser vista de qualquer ponto da cidade, foi fundada no século VIII como parte de um mosteiro. Originalmente, a igreja foi construída em estilo gótico e, posteriormente, mudou para renascentista alemão. 

Entretanto, um incêndio ocorrido no século XVII destruiu parte da estrutura, e apenas as torres, um altar e alguns objetos religiosos restaram da construção original da igreja. 

Aproveite para conhecer a culinária suíça pagando pouco

Depois de conhecer algumas das atrações gratuitas de Lucerna, paramos para comer no Manora, um restaurante localizado no topo da Manor, uma loja de departamentos local. 

O restaurante é em estilo buffet, e nossos dois pratos juntos custaram quase 32 francos, o que é uma baita economia, uma vez que apenas um prato individual pode chegar a esse valor em outros restaurantes. 

Outra dica bacana é conhecer o terraço do Manora, que oferece uma ótima vista de vários desses pontos turísticos de Lucerna que visitamos gratuitamente, como as torres da Muralha Musegg e a vista do Monte Pilatus, por exemplo. 

Excursões de Lucerna para o Monte Pilatus e Monte Titlis

Lucerna é uma cidade bastante estratégica para quem quer conhecer os Alpes, com passeios que incluem rotas de balsa, trem e teleférico para conhecer o Monte Pilatus e o Monte Titlis – esses passeios são super concorridos e portanto vale a pena reservar com antecedência. 

Caso você queira fazer apenas um passeio de barco pelo lago, existem tours que custam em torno de 20 francos e que duram, em média, uma hora. Nesse tour, dá ver as montanhas de outro ângulo – é um programa mais acessível do que subir os Alpes de teleférico, por exemplo. Clique abaixo para conferir os valores e fazer sua reserva para subir o Titlis ou o Pilatus ou apenas passear pelo lago (eu sempre uso esse site e recomendo!):

Se preferir, você também pode adquirir um passe ilimitado para usar os barcos e trens por dois, três, quatro, cinco ou 10 dias, com valores a partir de 120 francos no site tellpass.ch

Agora que você já sabe o que fazer em Lucerna em 2 dias de graça, quero compartilhar algumas curiosidades sobre a história da Suíça pois meu sonho era ser apresentadora do Globo Repórter.

Qual a história da Suíça e por que ela deu tão certo?

Nos primórdios viviam nos Alpes quatro povos independentes, com cultura e línguas diferentes – cada um no seu canto. Talvez por isso cada região tenha recebido o nome de cantão.

Durante o Império Romano, esses povos eram considerados muito fortes e por isso forasteiros evitavam passar por lá.

Entretanto, em algum momento, as pessoas passaram a cruzar os Alpes para seguir viagem para outras regiões, criando assim uma certa convivência com os habitantes dali. 

Naquela época, a Suíça já era vista como um território bastante desenvolvido

Com isso, o Império Romano, percebendo que a região já era estruturada o bastante, ao invés de iniciar uma guerra, preferiu incorporar a região dos Alpes ao seu império. 

Depois dessa invasão/parceria, os Alpes se tornaram uma região cada vez mais independente e, com isso, outros territórios foram anexados. Ainda que as origens fossem diferentes, surgiram alianças que deram origem a Lucerna, que é uma das cidades mais antigas da Suíça. 

Ainda sobre a história da Suíça

É claro que nem tudo foi paz e tranquilidade na história deste país. Eventualmente, outros povos, ao saber da autonomia e desenvolvimento da Suíça, resolveram invadir o território. 

Entretanto, pela sua organização e desenvolvimento, os povos dos Alpes colocavam o povo pra correr, o que os rendeu a fama de estarem entre os melhores guerreiros de todo o continente. 

Nesse processo, a Suíça começou a exportar seus próprios mercenários para lutar nas guerras de outros países, o que lhes gerou uma grande fortuna. Além disso, a força Suíça era tão grande, que muitos de seus mercenários foram contratados inclusive para fazer parte da guarda do Papa, no Vaticano – e por isso até hoje a guarda papal é suíça. 

Neutralidade é uma da marcas registradas da Suíça

Além de exportar sua mão de obra bélica, a Suíça nunca guerreava em seu próprio território, o que fortaleceu sua postura como país neutro. Em outras palavras: enquanto uns guerreavam e destruíam seus territórios, a Suíça seguia intacta e enriquecia.

Tanto é, que nas duas guerras mundiais o país não se envolveu. Hoje em dia essa atitude é eventualmente criticada e mal vista internacionalmente – o mundo está acabando e a Suíça continua em cima do muro só porque é conveniente pro bolso dela – não é boba não.

Da mesma forma que a fortuna do país cresceu com a exportação de seus mercenários, a Suíça também possui um polo tecnológico muito forte, com produtos e conhecimento técnico exportados para todo o mundo. 

Curtiu? Então clique abaixo ver o nosso vlog com o que fazer em Lucerna em 2 dias: tem ibagens, tem Alpes Suíços, tem história e tem várias piadolas. Tá divertidíssmo!

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Mari Neubra é especialista em Planejamento de Viagem e criadora do Plano V. Pesquisa e produz conteúdo de viagem para a internet desde 2016. Já ajudou milhares de viajantes a ganharem o mundo com confiança e controle financeiro. O Plano V reúne estratégias testadas ao longo desses anos em mais de 25 países.