Nunca me passou pela cabeça viajar para a Irlanda, muito menos o que tem para fazer em Dublin. Raramente você ouve alguém dizer que vai passar férias na Irlanda, geralmente é Miami ou Acapulco (para fãs de Chaves) no topo da lista. Quando comecei a compartilhar meus planos de viagem com a família e os amigos a maioria me olhava com aquela cara de “mas onde fica Dublin mesmo?”. 😅
Nos últimos anos entretanto a brazucada descobriu a cidade e cada vez mais xóvens vão viver na Irlanda de mala e cuia. Esse foi o meu caso: fiz intercâmbio na Irlanda e morei lá por 2 anos. Fui turista sempre que possível (quando o clima de Dublin deixava) e me apaixonei pelo estilo de vida irlandês (composto basicamente de música, batata, chá, natureza, pub, pint e estereótipos). 😎
Está pensando em fazer intercâmbio em Dublin? Veja aqui como foi a minha experiência. Recomendo também que faça uma maratona no conteúdo de Dublin para brasileiros no magnânimo site do e-dublin. 😉
Museus, pubs, parques, visitar a fábrica da Guinness… tem de tudo um pouco nesse roteiro. Dublin é uma cidade democrática e com certeza há atrações para todos os gostos. Também incluí alguns pulos do gato para você que é viajante esperto e gosta de ter tudo bem planejado, tim tim por tim tim.
Se mesmo assim restar alguma dúvida sobre Dublin, é só me chamar lá no instagram: @viajantesincera que a gente resolve.
Dublin Bus: Primeiramente, tenha moedas para pagar o ônibus do aeroporto para o centro. Também pague ao motorista o valor exato, pois para pegar o troco só indo à central da Dublin Bus, o que te leva a odiar a capital irlandesa antes mesmo de conhecê-la. O passe de 72h para o Dublin Bus custa 19,50 eurícolos.
Táxi: Se preferir fazer como a Angélica e ir de táxi prepare-se para desembolsar 10x mais, pois em Dublin tudo é salgado (menos a comida).
Falando nisso, já tem sua passagem para Dublin? Compre com até 30% de desconto com a Passagens Promo.
Em termos de acomodação Dublin é cara! Aliás, em termos de tudo Dublin é cara. 😥 Aí entra um detalhe importante: O rio Liffey divide a cidade em lados par e ímpar.
Historicamente o lado par é mais chique, mais pleno, mais Eike Batista e o lado ímpar é nóis. Assim sendo, os bairros são divididos em Dublin 1, 3, 5, 7… e do outro lado Dublin 2, 4, 6, 8… bem, vocês entenderam!
Escolher em que lado vai ficar é bastante pessoal, mas separei algumas opções de hospedagem com ótimo custo-benefício e excelente pontuação no meu parceiro Booking:
Hostels: Generator | Abbey Court | Isaacs Hostel.
Apartamentos: Abbey Court Apartments | Molloys Apartments | Grafton Street Studios.
Hotéis: Maldron Hotel Parnell Square | Hotel Riu Plaza The Gresham Dublin | The Hendrick Smithfield.
Se você estiver esbanjando, fique no Temple Bar, lá tem a ferveção irlandesa que a gente gosta – leia-se: “tem pub pra dedéu“. Lá você também encontra agências que oferecem tours para outras partes da Irlanda.
Outras regiões mara para se hospedar em Dublin são: Grafton Street, Leeson Street, Stephen’s Green e Grand Canal Dock. Rathmines, Kilmainham e Portobello são bairros que eu amo mas que ficam mais afastados.
Uma opção mais econômica pra quem é jovem ainda e amanhã velho será é ficar em um hostel no lado ímpar da cidade. Recomendo a região da O’Connell Street ou Smithfield.
Apesar de Dublin ser uma cidade relativamente segura, evite áreas como Dorset Street , Summerhill e Mountjoy no lado ímpar. Sabe bala perdida? Lá temos o ovo perdido, coisas de uns jovens irlandeses desocupados que andam por essas regiões. Obviamente que você não vai querer dar de cara com eles ao visitar Dublin.
Comece pelo Temple Bar. Ali você vai beber sua primeira Guinness superfaturada, fazer aquela foto icônica “Mãe, tô em Dublin” e ver inúmeros buskers, aqueles artistas de rua mega talentosos que parecem ter saído do The X Factor. Isso porque TODOS os irlandeses cantam bem e a maioria toca um instrumento musical.
Se curte museu, tem uma joia com entrada grátis chamada Chester Beatty Library. O Dublin Castle particularmente não acho que vale uma visita, exceto na primeira quarta do mês que é gratuito e coisas grátis a gente não nega.
O que você não pode deixar de fazer é explorar os arredores do Dublin Castle, pois foi exatamente ali que a região que hoje é Dublin começou a ser povoada em mil duzentos e lá vai bolinha. Quando eu morava lá fiz um walking tour por Dublin e fiquei passada com a história da cidade. Sugiro que você faça o mesmo e ainda compre o Dublin Pass para entrar na maioria dos museus de graça:
Depois dessa breve viagem no tempo almoce o famoso fish & chips no Beshoff Bros.
À tarde siga para as compras no Georges Market e na baphônica Grafton Street, uma das ruas mais caras da Europa. #sóobservo Fuja desse consumismo e vá fazer um passeio cultural pela inteligentíssima Trinity College Dublin que tem uma das bibliotecas mais lindas do mundo. Para visitá-la basta entrar na universidade e seguir as plaquinhas para a Old Library. Veja mais informações aqui.
Por ali mesmo siga para o The Stag’s Head, um pub irlandês-raiz que às terças tem sessões de ukulele nas quais uns 30 locais tocam os hits de hoje e ontem. Essa é sem dúvida a atração mais local dessa lista, veja aqui.
Escape do centro e vá para Dublin 8: comece pelo War Memorial Gardens que poucos conhecem mas é de longe o meu parque favorito – eu tive a sorte de morar ao lado dele. 😍 Há dois jardins de rosas e várias colunas gregas que servem de cenário para fotos ma-ra-vi-lho-sas!
De lá siga para a visita guiada na Kilmainham Gaol, uma prisão histórica desativada que já foi cenário de vários filmes. É o ponto turístico mais visitado do país e um lugar de extrema importância para a independência da Irlanda. É triste e cinza mas imperdível para os amantes de história. Infelizmente não dá para comprar o ingresso na hora, tem que agendar online.
A parada para o almoço tem que ser no Patriot’s Inn, praticamente o único pub que serve boa comida por ali. #tragoverdades
A tarde toda fica por conta do Phoenix Park (leve cenouras). Você não vai à Dublin sem postar as benditas fotos com os veados do parque no Facebook. Ah! É também o maior parque da Europa. Fiquei perdida lá só cinco vezes. Não tem muita infraestrutura, então prepare seu lado “viajante raiz” ou alugue uma Dublin Bike antes de entrar, custa apenas 5 euros por 3 dias. Há estações para retirar a bike nos arredores.
Quem gosta de uma excursão levanta a mão! Então vamos! Uma opção é um ônibus que cruza a Irlanda de leste a oeste e te leva para os Cliffs of Moher, o maior penhasco maior de todos mesmo que você respeita. Até Harry Potter e Dumbledore já foram, veja aqui.
Em alguns roteiros é possível parar em Galway. Uma pérola desse trajeto é uma parada no Obama Plaza. Fica no meio do nada, em Moneygall. É basicamente uma loja de conveniência/museu que celebra os ancestrais irlandeses do Obama (?). Valor médio da excursão: 30/40 euros, compre aqui seu ingresso:
Você pode se aventurar por outras bandas e fazer um bate e volta para Cork, a terceira maior cidade da Irlanda onde há a destilaria do famoso whiskey Jameson.
Há também várias excursões de um dia para Belfast na Irlanda do Norte que pertence ao Reino Unido. Se embarcar em uma excursão dessas não se esqueça de trocar seus eurícolos por libras. Em um dia dá pra conhecer os principais pontos turísticos de Belfast e de quebra ainda carimbar mais um país no seu passaporte. Mentira, não há imigração na fronteira então ficamos a ver carimbos. #chateada
Agora, se quiser conhecer as estradas mais lindas da Irlanda, cheias de ovelhíneas com a bunda colorida, recomendo passar um fim de semana na Península de Kerry. Veja aqui como eu amei esse rolê.
Ah…os parques de Dublin, verdes, bucólicos e fotogênicos. Na região de Dublin 2, fica o mais famoso: O St Stephen’s Green.
Flores, árvores, gente lendo, tomando banho de sol na grama, pato nadando, gaivota roubando seu lanche… #baseadoemfatosreais Leve uma toalha e desacelere. É lindo em qualquer época do ano.
De lá siga para a Leeson Street. Cafés, bares mas principalmente as icônicas portas coloridas.
Se animar alugue uma Dublin Bike e vá até o canal de Portobello (uns 3 km), um lado muito artístico da cidade, onde você encontra desde cisnes selvagens até um ônibus-pizzaria dentro de um pub, o The Bernard Shaw.
Uma outro programa imperdível é assistir uma apresentação do grupo de sapateado Riverdance, mas é preciso que a sua visita calhe com a temporada de espetáculos do grupo. Veja aqui as datas.
É claro que se você for daqueles viajantes pão-duros que nem eu não vai querer perder os museus com entrada grátis em Dublin. Anote aí: The National Library of Ireland, The National Gallery of Ireland, The Natural History Museum, The Hugh Lane Gallery e The Chester Beatty Library.
Visita à fábrica da Guinness. Só vai! É interativa e você vai beber uma pint na maior cervejaria da Irlanda. Se isso não te convence, não sei mais o que dizer… Ah! Posso dizer também que há vários restaurantes lá dentro servindo o melhor da culinária irlandesa feita com Guinness, veja aqui o post que escrevi sobre essas delícias. É também uma ótima dica do que fazer em Dublin com chuva, pois com certeza vai chover durante a sua viagem porque a Irlanda é dessas.
Finalize o dia bêbado com uma visita à catedral Christ Church e à Dublinia. Recomendo fazer uma visita guiada para entender o tanto de história bizarra se passou ali nos primórdios de Dublin.
Acredita que a catedral já foi um bordel? Com certeza se você não estava interessado nessa visita passou a se interessar agora, né? Para fechar com chave de ouro mais uma pint no Temple Bar e o melhor da música irlandesa no pub vizinho, o The Old Storehouse.
O clima é imprevisível. Chuva, granizo, sol, vento…tudo isso em um espaço de 1 hora (sem exageros). Mas não, não adianta colocar um guarda-chuva na bagagem, o vento vai dar cabo dele em 5 minutos. Prefira sapatos à prova d’água, vento e ventania e casacos com capuz.
As melhores épocas para visitar a Irlanda são o “verão” e a primavera. Coloquei “verão” entre aspas porque as temperaturas não passam dos 22 graus. Mesmo assim , pasmem, a todo mundo vai para a praia dar um mergulho. Eu mesma já fui e nem achei o mar tão gelado assim, portanto, leve trajes de banho.
Leia mais: Roteiro imperdível para curtir o outono em Dublin
A época mais badalada de todas é a segunda semana de março, quando se comemora do dia do padroeiro São Patrício, conhecido por lá como St. Patrick’s Day.
Saiba mais nesse texto satírico intitulado: St Patrick’s Day – O que esperar?
Ao avistar um supermercado, abasteça a mochila com lanches. Comer fora em Dublin pode encurtar suas finanças e a gastronomia irlandesa não é isso tudo.
Se você for vegetariano confira o meu post Roteiro vegetariano pão-duro em Dublin.
No mais, aproveite essa cidade que é um charme e beba uma Guinness por mim!
Até o próximo roteiro sincero, pessoal!
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